quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cadê meus super poderes???

Eu sempre fui resistente a gripe, não pegava uma bem uns quinze anos. Costumava me gabar por nunca ficar doente e sempre dizer "resfriado pra mim dura apenas um dia e uma noite".

Isso ate eu pegar a tal da Vancouver dry cough... Esse negocio não quer sair de mim de jeito nenhum! quase um mês atrás, peguei um resfriado e fiz o que sempre fazia quando isso acontecia: fui pra cama cedo, tomei sopa, e no outro dia estava melhor. Vida normal, como sempre. Mas ficou aquela coisa mal curada e cada vez que voltava, voltava mais forte. Até que a tosse me pegou. Agora toda noite eu acordo tossindo como uma louca, marido não dorme, na hora que pegamos no sono de novo é hora de acordar pra trabalhar... Na verdade desde que cheguei aqui não dormi sequer uma noite inteira, mas agora ta fogo...
Estou no 3o. vidro de xarope, chá de gengibre e vitamina C o dia todo. Ontem o Luiz me fez uma receita de mãe que acho que ajudou um pouco (limao, gengibre e mel). O problema é que a tosse é seca, e não tem o que expectorar. me disseram que é assim mesmo, e que as vezes demora meses pra sarar. Insone, tossindo desesperadamente e acordando o marido. Onde foram parar meus super poderes??? 

Mas eu sempre procuro enxergar o lado bom das coisas, e posso listar as vantagens de estar doente: 1) marido me leva e busca na estação para eu não tomar chuva; 2) posso chegar do trabalho e me jogar no sofá para assistir um filme sem culpa; 3) fiquei livre de ter que cozinhar e lavar a louca, pelo menos por enquanto...

Cuidado com a dry cough de Vancouver!

domingo, 13 de novembro de 2011

6 meses

Depois de meio ano por aqui, acho que já dá pra fazer um balanço das coisas que eu adoro e das coisas que eu odeio não curto tanto assim no Canadá:

Coisas que eu adoro:

- As quatro estações definidas. O inverno pode ser tenebroso para algumas pessoas, mas para mim a sensação de mudança não tem preço;
- A beleza natural e a organização urbana;
- O transporte público que funciona bem e com hora marcada;
- A diversidade de produtos do mundo inteiro a preços acessíveis;
- A grande variedade de espaços públicos e gratuitos;
- A boa educação das pessoas;
- A sensação de segurança;
- Ficar livre de lixo cultural como funk, pagode, etc;
- As notícias do jornal que não te assustam nem te irritam;
 
Coisas que eu não gosto:

- A distância e a saudade da família;
- A incerteza profissional e financeira;
- Querer conversar com alguém nos momentos de solidão e não ter um amigo disponível online;

Enquanto a primeira lista estiver bem maior que a segunda, acho que está valendo a pena. Mesmo porque espero que com o tempo a gente consiga conquistar nosso espaço profissionalmente e também fortalecer as novas amizades, podendo contar menos com as amizades do Brasil já que cada um tem sua vida. Com relação à saudade da família, essa não dá pra vencer. Infelizmente "pó de pirlimpimpim" só existe nos livros do Monteiro Lobato.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Imigrar definitivamente não é pra qualquer um

Quem acompanha meu blog sabe que eu gosto de mostrar os dois lados da moeda. 

A gente tem a tendência de achar que as mudanças (de emprego, de pais) trarão coisas boas, que você vai mudar e deixar todas as coisas ruins e que incomodam para trás. Não é verdade. Infelizmente, junto com as coisas que você escolheu a dedo para caber dentro das suas 2 duas malas de 32 kilos, você também trará para inseguranças, ansiedade, frustrações, nostalgia. Sentimentos que onde quer que você , poderão te acompanhar, simplesmente não tem como deixa-los para trás.

Sem querer, hoje me deparei com um texto muito valioso para quem esta pensando em imigrar. Vou deixar o link para o texto completo. Alguns comentários também são interessantes (no meio de outros que são pura baboseira). Vale a reflexão.

Quem se decepciona com o Canada? (texto de Francisco Braz Neto) 



Editando: Leiam esse aqui tambem: Qual e o seu Canada? (texto de Rodrigo Araujo)